Minha lista de blogs

terça-feira, 11 de março de 2008

CRÔNICA

Para quem gosta de uma boa crônica e, principalmente para os meus alunos da oitava série, turma 82 .
Inspirem-se no texto, utilizem os recursos linguísticos de que falamos em aula e botem pra quebrar"; mostrem todo seu potencial e arrasem na
elaboração da sua crônica.


A Velha Contrabandista
Stanislaw Ponte Preta

Era uma velhinha que sabia andar de lambreta.

Todo dia ela passava pela fronteira montada na lambreta,

com um bruta saco atrás. O pessoal da alfândega — tudo ‘‘malandro velho’’ —

começou a desconfiar da velhinha.
Um dia, quando ela vinha na lambreta, com o saco atrás, um fiscal da alfândega
mandou ela parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou:
— Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo o dia, com esse saco ai atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?
A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e respondeu: — É areia!
Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha que fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás.
Mas o fiscal ficou mais desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com a muamba, dentro daquele maldito saco.
No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que levava no saco e ela respondeu que era areia. O fiscal examinou, e era mesmo.
Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes o que ela levava no saco era realmente areia.
Um belo dia o fiscal se chateou.
— Olha, vóvózinha, eu sou fiscal da alfândega e tenho 40 anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.
— Mas no saco só tem areia — insistiu a velhinha.
E já ia tocar a lambreta quando o fiscal propôs:
— Eu prometo que deixo a senhora passar. Não lhe prendo, não lhe denuncio e não conto nada a ninguém. Mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que está passando por aqui todos os dias?
— O senhor promete que não conta nada a ninguém? — quis saber a velhinha.
— Juro! — respondeu o fiscal.
— É lambreta



Um comentário:

Anônimo disse...

Gostei muito da dica do texto " A Velha Contrabandista". Quem sabe se seus alunos lerem irão ficar mais esperto do que já são, se é que eles entenderão a história.