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quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Governadora mente à população gaúcha

Mais uma vez a governadora YEDA se supera em suas publicações mentirosas. Não assina, não mostra a cara, mas permite que seus comandados divulguem à imprensa gaúcha menstiras escabrosas sobre o tratamento que vem dando ao magistério gaúcho . Mais uma nota divulgada ontem afirma que os descontos dos grevistas serão parcelados em dois meses, novembro e dezembro. Posso afirmar que MENTE, sem medo de ser contestada, pois posso provar apresentando o meu contracheque e o de milhares de outros professores gaúchos, onde aparece a esmola que recebemos pelo nosso trabalho no mês de novembro. Pagou-nos por dezesseis dias trabalhados, segundo ela. Porém toda a sua eficiência e de toda a sua rede de colaboradores não foi capaz de verificar, antes de fazer os descontos, quantos dias cada profissional deixou de trabalhar. Eu, por exemplo, paralisei por oito dias e recebi a esmola de sessenta e sete reais por vinte horas semanais durante trinta dias. Devo dizer que para receber toda esta soma , tive que fazer faculdade e pós-graduação.


Acho que meus professores de História, que os considero ótimos, me passaram algumas informações que não conferem com a realidade. E temo que meus colegas professores, ainda hoje, estejam ensinando aos seus alunos que o Brasil é um país livre e Democrático. Se a governadora Yeda continuar governando com o atual autoritarismo e despotismo, é melhor que se mudem os conceitos passados aos estudantes. Democracia pressupões liberdade, inclusive para fazer greve, instrumento utilizado como fator de conquistas e manutenção de direitos. A atual governadora nos tirou este direito, no momento em que tomou a atitude radical e tirânica recentemente. Mas não pense ela que nos venceu. Não somos fracos, nem covardes. Somos apenas profissionais mal-pagos. E por isso estamos acostumados a viver com pouco salário. O que ela nos tirou não há de fazer-nos falta, mas sim fortalecer nossas convicções para que continuemos lutando contra a tirania dos governos e o descumprimento das leis, que para nós valem e para eles, não. Onde está o dinheiro que o governo nos deve por ações ganhas e não pagas? Onde está o dever do Estado no cumprimento das leis feitas por ele mesmo? E ainda, a propósito, da eficiência deste governo em punir, foi impressionante a eficiência dos funcionários das coordenadorias em vigiar o funcionamento das escolas e o comparecimento dos professores durante o período de greve. Tal eficiência não é notada quando se trata de atender aos professores em suas solicitações. Por que o disparate? E mais, por que esta vigilância não é feita quanto ao cumprimento do calendário escolar , EM TODAS AS ESCOLAS? Estou acostumada a cumprir as regras determinadas pelos superiores, porque trabalho em um local em que a maioria é competente e gosta de fazer as coisas certas, porém tomei conhecimento de que na semana passada já houve solenidade de formatura de alunos de escola pública estadual pertencente à mesma coordenadoria a que minha escola está vinculada. Terão , por acaso, estas professoras e equipe diretiva, trabalhado aos sábados e domingos?(Obs.: bailecos podem até contar como dias letivos, mas não podem ser incluídos como atividade qualificadoras do ensino público) Ou terão feito um curso intensivo com o mágico David Copperfield, para oferecer 200 dias letivos em cento e poucos? Caso esta seja a opção correta, vou convidar minhas colegas para que sigamos o exemplo. Caso contrário, nenhuma explicação que venha a ser dada agora, vai convencer ninguém. E onde estão as autoridades responsáveis por permitir tais irregularidades? Tenho certeza que a maioria dos professores que lutam por seus direitos concordam com minhas colocações. Para finalizar´, ocorre-me a idéia de que devemos continuar lutando, como fazem as formigas, que são seres minúsculos, comparados aos outros, mas que unidas, sempre em batalhões e solidárias, vencem e destroem com muita rapidez enormes plantações. Sigamos o seu exemplo. Lutemos com perseverança e solidariedade. Nossa união determinará nossa vitória contra esta situação tão opressora que estamos vivendo. Ou os professores são respeitados o país ficará sem eles em pouco tempo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Iracélia!

Tuas colocações são extremamente relevantes e oportunas.
Infelizmente, a sociedade, de modo geral, encontra-se ainda estagnada, sem consciência das conseqüências geradas pela falta de interesse ou desvalorização da Educação/Educadores...
O que observa-se no corriqueiro dia-a-dia gaúcho..., é que nosso povo esqueceu de sua história.
Com carinho, da amiga e colega: professora com orgulho,Luciara.